Meus poemas são a minha singular forma de vociferar em silencio
O vento indiferente invade minha janela
Abraça-me, desfere-me um inaudito beijo suicida
Abraça-me, desfere-me um inaudito beijo suicida
Pobre indivíduo que esta em comunhão com os espíritos soturnos
Sua cabeça jornadeia ao som dos lamentos fúteis que o deprimem
Desconheço se presencio o instante que deixo de ser fidedigno e torno-me um pesadelo
Amputar esboços positivas levando-me a meu ócio mórbido
Sinto-me confortável quando anseio morrer,
Finalmente descobri o valor de sucumbir ao niilismo
Os seus segredos foram desvelados
Pessoas impuras usam meu cadáver como brinquedo
Não se sinta especial por te julgarem um coitado
Não ache que alguém morreria pelo que você acredita ser
sagrado
Eu sou induzido a pular desse mundo estranho
Cair nas trevas e ver a face raivosa e barulhenta do
silencio
Em câmera lenta vou mais fundo nesse abismo
Sinto-me atraído pela autodestruição
Sei que posso olhar-me no espelho e apreciar minha alto-piedade
Não a um fim honroso para uma alma perturbada e trevosa
A realidade é bem distinta da quimera que tua mente visualizou
Jazer bem como morrer te traz a destruição do silêncio
A gangrena decomposta que corroí minha alma, coração e sanidade vai despedaçar
Meus medos vão se tornar lembranças
Minhas dores querem um descanso, minhas feridas desistiram
de me torturar
O que se deve fazer quando seu único fármaco para de fazer
efeito?
De quem é a culpa quando tudo as coisas que acreditávamos se
tornam mentiras?
Respirar é doloroso pra quem não sabe o sentido disso
Resumimo-nos a historias, sentimentos e ódio misturados a um
vazio imóvel
Não se sinta mal por ser patético, pois o fato de estar vivo
te faz um heteróclito
Não finjo ser algo que eu quero ser por medo de me tornar um
monstro sem alma
Encontrarei minhas respostas quando esmoei minha agonia e aprender a gritar em
silencio
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