Inigualável Misantropo
Leiam isso e sejam bem vindos a minha mente
Vou selar minhas portas e janelas,
Tentando impedir que a claridade conquiste minha alcova
Meu templo de sombras e solidão
Não permito que meu eu seja imaculado pela luz
Contesto-me
Tento impedir a entrada de algo ou a minha fuga?
Imponho-me a um aprisionamento
Isolamento brutal que me torna esse ser melancólico
Meu retrato soturno esta imóvel diante da minha porta
Meus fúnebres devaneios jornadeiam a minha volta
Sou hospedeiro da nevoa fina e do silêncio do cemitério
Preciso por fim a essa tragédia débil
Estou de luto perpétuo pela morte do meu sorriso
Vejo do alto da montanha trevosa um lago de desesperança
Empobrecidos espíritos que se afogaram nas águas do desolamento
Meu quarto é residido pelas divindades das lágrimas e das desilusões
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