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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Inigualável Misantropo

Leiam isso e sejam bem vindos a minha mente 
Vou selar minhas portas e janelas,
Tentando impedir que a claridade conquiste minha alcova
Meu templo de sombras e solidão
Não permito que meu eu seja imaculado pela luz 
Contesto-me
Tento impedir a entrada de algo ou a minha fuga?

Imponho-me a um aprisionamento
Isolamento brutal que me torna esse ser melancólico 
Meu retrato soturno esta imóvel diante da minha porta 
Meus fúnebres devaneios jornadeiam a minha volta 
Sou hospedeiro da nevoa fina e do silêncio do cemitério

Preciso por fim a essa tragédia débil
Estou de luto perpétuo pela morte do meu sorriso 
Vejo do alto da montanha trevosa um lago de desesperança 
Empobrecidos espíritos que se afogaram nas águas do desolamento
Meu quarto é residido pelas divindades das lágrimas e das desilusões



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