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sábado, 23 de agosto de 2014

Rodeado de Pessoas Vazias


Em meu quarto desbotado 
Meus enfeites esquizofrênicos preenchem meu solitário santuário 
Sou cria da solidão 
Quero meu reflexo na janela
Quero deixar de ser singular nesse mundo monótono 

Meus sorrisos são fingidos 
Tento inutilmente esconder minhas angustias
Até quando vou continuar a seguir sem rumo?
Minha única certeza é que não pretenso a esse império sujo
Veja o roteiro desajustado dos meus dias

Estou cercado de pessoas vazias que não faz sentido
Meu isolamento se transforma em ódio
Preciso sentir em minha pele a dor da minha alma 
Apenas o gosto do meu sangue em minha boca pode me saciar
Somente cadáveres em putrefação me entendem

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